A hérnia de disco é uma condição que ocorre quando parte de um disco intervertebral, enfraquecido, se projeta para fora, comprimindo nervos adjacentes na coluna vertebral e causando dor. A primeira linha de tratamento é não cirúrgico e tem altas probabilidades de resolução por essa via.

Esta é uma condição clínica altamente dolorosa e limitadora e que assusta a maioria das pessoas. Por muita dor que esteja a sentir neste momento, a probabilidade de ser algo que necessite de cirurgia é inferior a 5% e no final do texto irá perceber porquê.

É uma área em que muitas vezes se obtêm diagnósticos errados e consequentemente tratamentos inadequados.

Sabia que mais de 80% dos adultos que nunca tiveram dor lombar ou cervical apresentam hérnias de disco/protusões no seu exame de imagem? Isto significa que o facto de ter um exame de imagem que indica que tem uma ou mais hérnias de disco não quer dizer que seja essa a causa da sua dor. Há várias estruturas, por exemplo músculos, que nem sequer precisam de estar lesionados, comumente reproduzem uma dor idêntica àquela provocada por uma hérnia de disco.

Como então obter um diagnóstico correto que nos leve a um tratamento adequado?

Se é ou não é uma hérnia de disco que está a provocar os seus sintomas, só se saberá de acordo com a sua história clínica, na qual iremos perceber sobre o tipo de dor que tem e de forma ela se manifesta. De seguida, através de testes clínicos cientificamente validados (com maior acurácia de diagnóstico do que uma ressonância magnética), de tensão do seu tecido neural, será possível confirmar ou excluir o diagnóstico.

Em suma, as hérnias de disco diagnosticam-se na clínica e não através de exames de imagem.

No caso de ter uma hérnia de disco verdadeira e ativa, o tratamento varia de acordo com a fase em que se encontra: aguda (1-6 semanas), sub-aguda (6-12 semanas) e crónica ( + de 12 semanas).

As hérnias de disco são um problema que assusta a maioria das pessoas, comumente associado à necessidade de cirurgia, mas que muitas vezes são sobrediagnosticadas e em que em mais de 90% dos casos não necessita de cirurgia e melhora com tratamento conservador à base de terapia manual, exercício e educação em dor, que é o que fazemos na Osteofocus.